Metasearch para hotéis independentes: mais visibilidade, menos comissões
- Diana Pedrosa
- 28 de set.
- 4 min de leitura
Nos últimos anos, a forma como os pesquisamos hotéis mudou drasticamente. Durante muito tempo, íamos diretamente às OTAs (Booking, Expedia, etc.) para comparar preços e reservar.
Hoje, cresce o uso dos metasearch, motores de comparação que reúnem tarifas de várias fontes, incluindo o site oficial do hotel.
Mas afinal, o que são os metasearch, porque são tão importantes e como podem ajudar hotéis independentes em Portugal a reduzir custos e ganhar visibilidade?
O que são metasearch?
Funcionam como motores de pesquisa que mostram, num só lugar, todas as opções de preço para o mesmo hotel.
As pessoas pesquisam, veem os preços lado a lado — do site oficial e das OTAs — e decidem onde reservar.
➡️ A grande vantagem? O site oficial do hotel aparece em igualdade de condições com as OTAs, dando ao cliente a possibilidade de reservar direto.
Porque os metasearch são tão importantes para os hotéis em Portugal?
Maior visibilidade da tarifa oficial
O site do hotel aparece no mesmo espaço que as OTAs, algo que raramente acontece sem metasearch.
Mais reservas diretas
Estar presente num metasearch aumenta a probabilidade de o cliente escolher o site oficial, sobretudo se a tarifa for competitiva ou tiver benefícios exclusivos (ex: pequeno-almoço incluído, check-out tardio).
Redução da dependência das OTAs
Hotéis independentes muitas vezes ficam “presos” às OTAs para gerar procura, pagando comissões elevadas. Os metasearch permitem recuperar parte desse controlo.
Fortalecimento da marca
Uma reserva direta dá ao hotel contacto direto com o cliente: recolha de dados, comunicação personalizada e oportunidade de fidelização — algo impossível através das OTAs.
Modelos de cobrança nos metasearch
Existem essencialmente três tipos de modelo:
Pay-per-click (PPC): o hotel paga sempre que alguém clica na sua tarifa, mesmo que não reserve.
Pode sair mais barato do que a comissão de uma OTA, mas exige um site com boa taxa de conversão.
Comissão (CPA ou “pay-per-stay”): o hotel só paga quando a reserva se concretiza (ou após a estadia).
Risco reduzido, mas a comissão pode aproximar-se das OTAs, embora geralmente seja mais baixa. Este modelo funciona bem para hotéis que preferem pagar apenas após a reserva, mas é necessário manter preços competitivos e boas taxas de conversão para que compense.
Publicidade e patrocínios: os hotéis podem pagar para ter destaque nos resultados, em posições “sponsored” ou “promoted”.
Útil para dar visibilidade extra em épocas de maior procura ou para campanhas específicas, mas o custo varia com a concorrência e deve ser monitorizado para garantir retorno.
➡️ O Channel Manager pode oferecer vantagens diferentes ao ativar esta função. Informe-se com o seu gestor de conta.
Exemplos de metasearch relevantes em Portugal
Google Hotel Ads — o mais importante atualmente, aparece diretamente nos resultados do Google e Google Maps. Em Portugal, é o principal motor usado.
Tripadvisor — bastante usado para analisar reviews ao mesmo tempo que comparam tarifas
Trivago — presença forte no mercado europeu; em Portugal tem relevância, sobretudo para os que procuram comparar rapidamente tarifas.
Kayak — mais popular entre viajantes internacionais, sobretudo americanos, mas também usado para comparar voos + hotéis.
Skyscanner — mais forte em voos, mas cada vez mais relevante em hotéis, especialmente quando pesquisam pacotes
Desvantagens dos metasearch para hotéis
Apesar de todas as vantagens, há alguns pontos de atenção:
Investimento constante
Para aparecer bem posicionado é preciso orçamento dedicado. Sem investimento, o site oficial pode simplesmente não aparecer ou ser ofuscado pelas OTAs.
Complexidade técnica
É necessário integrar o motor de reservas do hotel com a plataforma de metasearch. Sem essa ligação, não é possível atualizar tarifas e disponibilidade em tempo real.
Concorrência intensa
As OTAs também investem fortemente em metasearch. Muitas vezes, a tarifa do site oficial concorre lado a lado com a da própria OTA, que pode aparecer em destaque graças a orçamentos maiores.
Gestão ativa
Não basta “estar lá”. É preciso monitorizar cliques, conversões, custo por reserva e ajustar campanhas regularmente. Sem acompanhamento, o ROI pode ser baixo.
Risco de CPC elevado
No modelo pay-per-click, se o site oficial não tiver uma boa taxa de conversão, o custo pode ser superior ao esperado.
Como os metasearch ajudam a reduzir comissões das OTAs e a melhorar o posicionamento do hotel?
Quando o site oficial aparece nos metasearch:
Menos comissões: em vez de pagar 15%–25% às OTAs, o hotel pode captar reservas diretas com um custo por clique muito inferior ou comissões reduzidas.
Mais competitividade: uma tarifa ligeiramente melhor no site oficial pode ser decisiva para o viajante escolher reservar direto.
Posicionamento estratégico: hotéis independentes deixam de depender apenas do “algoritmo” das OTAs para aparecer. No metasearch, o hotel controla a sua presença, orçamento e ofertas.
Fidelização futura: uma vez que o cliente reservou direto, o hotel ganha oportunidade de criar relação e incentivar futuras reservas sem intermediários.
Como a DP Hotel Solutions ajuda a maximizar a performance nos metasearch?
Apoiamos hotéis independentes a tirar o máximo proveito dos metasearch, desde a definição da estratégia até à implementação e monitorização dos resultados.
Integração técnica com o motor de reservas para garantir tarifas e disponibilidade em tempo real.
Gestão de campanhas (PPC, CPA e patrocínios) para otimizar investimento e retorno.
Análise de performance para reduzir custos por reserva e aumentar a taxa de conversão.
Diferenciação de marca através de ofertas exclusivas e comunicação clara que incentive a reserva direta.
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